terça-feira, fevereiro 26, 2008

Nota breve

Se cobrar impostos é o desporto favorito do Estado, fugir à responsabilidade social de os pagar é, com toda a certeza, o desporto favorito do Público.

Nem todos os dias as musas vêem ter comigo ou então andamos dessincronizados e no momento do desabafo o computador não está ao lado e quando é possível o disparo, a folha em branco prevalece a sorrir com a indecisão. Os dias passam e as notas vão-se acumulando no bloco dos projectos.

sábado, fevereiro 09, 2008

Milagres

É bom saber que durante a última semana nenhum doente caiu da maca, nenhuma criança foi reanimada sem sucesso à porta de qualquer urgência hospitalar recém-fechada, nenhuma criança nasceu dentro de uma ambulância, vítima de qualquer mãe mais distraída. É bom saber que na última semana tudo correu pelo melhor no Sistema (Serviço era dantes)Nacional de Saúde. Só é mais inquietante é saber por que razão tudo isto aconteceu, quando nas semanas anteriores tínhamos início de telejornal sempre garantido com uma notícia sobre saúde e CC a explicar tudo. Na verdade, a nova Ministra (ausente em parte incerta a ler dossiês ou terá ido de férias?) ainda não reabriu nenhuma urgência, as maternidades encerradas mantêm-se como estavam e deixou os bombeiros continuar a comunicar mal com o INEM. No entanto, tudo regressou à normalidade. Para isso bastou que o Ministro caísse. Temos de acreditar em milagres, é o que nos resta.

sábado, fevereiro 02, 2008

Assassinatos de carácter?

A discussão política fulaniza-se e o jogo é uma espécie de tiro ao alvo em parque de diversões. Hoje um ministro, amanhã um secretário, depois quem sabe o primeiro ministro. O actual e depois o que se lhe seguir. Vale tudo, desde que se não discutam as políticas e as eventuais alternativa, que isso poderia induzir o gosto por por pensar, o que sempre é perigoso. Curiosa é esta tendência de exigir ao público a pureza que se não pede ao privado. Broncas de banqueiros chegam aos jornais quando as comadres se zangam, as dos políticos fabricam-nas os jornalistas sempre que seja necessário, recorrendo a todos os meios, mesmos os mais miseráveis. Fundamental para a manutenção do sistema é o Circo mediático. Manter a populaça entretida com o espectáculo é-lhes vital. É assim que vendem papel, único real e aparente objectivo, que talvez outros mais ocultos existam: OPAs falhadas e mal digeridas. Assassinatos de carácter? Talvez não, talvez seja apenas e só business.

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Filósofo, engenheiro e arquitecto


Espero que o novo Ministro da Cultura não venha a encarregar o IPPAR, de considerar património histórico esta obra de arquitectura, só porque foi um futuro engenheiro Primeiro Ministro o autor de tal projecto.
Nome tem de filósofo, de título engenheiro, uma mãozinha de arquitecto. Mais flexível e polivalente, quase impossível. Mais palavras para quê? É um artista português!