domingo, novembro 30, 2003

Boas perspectivas

Dizem que a selecção calhou num bom grupo na primeira fase do europeu. Já começaram a fazer contas. Como esta gente gosta de matemática! Pode ser que a surpresa chegue e finalmente alguém seja imolado na praça pública. Tem de haver uns escapes para este panelão a ferver. Será o Flipão?
Confesso que me é indiferente a menos que partam mais um estádio na raiva incontida da alegria ou da tristeza, que estes moços adoram quebrar e tanto lhes faz o estado de espírito.

Correio: fernandobatista@netcabo.pt

sábado, novembro 29, 2003

50 anos (a posteriori)

Ainda me lembro do tempo em que os tipos de 50 anos eram uns velhos. Gente muito crescida e com futuro a prazo. Só que agora, quando os amigos fazem estes anos, 50 anos sabe a princípio de vida, a uma nova etapa apenas. Andamos de óculos ou de lentes de contacto e é como se nada fosse. Do castelo de Almada a vista sobre Lisboa é uma novidade aos quase 50 anos. Sempre há novas perspectivas para observar as coisas bonitas.

Correio: fernandobatista@netcabo.pt

Meu país tranquilinho

O pão vai aumentar 35%! Ninguém comenta, tudo é natural neste país. Não vai haver qualquer contestação e a MFL nem vai precisar de recomendar aos súbditos que comam croissants. Que país tranquilo é este?
O Expresso mostra que o emprego na função pública se reduz em Portugal e sobe na Irlanda, a tal do exemplo. Tudo bem, continuemos tranquilos que isto há-de ir.
Definitivamente, nesta terra ninguém vai deixar a cabeça no cepo. Ou irá?

Correio: fernandobatista@netcabo.pt

sexta-feira, novembro 28, 2003

Intervalo

Há dias que são assim, com nuvens e sem chuva, cheios de cinza e podemos sempre ficar na borda da água do rio olhando a corrente, tentando perceber o seu destino. Numa ansia de anestésico.

Correio: fernandobatista@netcabo.pt

quinta-feira, novembro 27, 2003

Tudo é relativo

Não será nada importante que o Sporting tenha ficado pelo caminho na taça UEFA. Também terá pouca importância que a America's Cup vá para Valência. Nem sequer é importante a Manuela Ferreira Leite não mudar uma vírgula no orçamento depois de ter mudado todo o texto na Reunião dos Ministros Europeus. E que importância tem a gripe que faz longas filas de espera na Urgência do Hospital da Amadora? É claro que o anúncio de que o Presidente Bush foi ao Iraque depois de já ter voltado é completamente irrelevante. Para mim hoje só há uma notícia importante: 20 milhões de crianças africanas vão ficar orfãs por causa da Sida. E vai ser verdade, sabiam?

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terça-feira, novembro 25, 2003

Défice de coerência

A Alemanha e a França mandaram às urtigas o pacto de estabilidade com o apoio da nossa auto-designada obcecada (Dicionário Porto Editora: adj. cego do espírito; obscurecido; ofuscado; pertinaz; contumaz no erro) Manuela Ferreira Leite. Fica assim claro, que a pertinácia no erro só existe para consumo interno, para nos massacrar a nós. De resto ela até entende e apoia. Cega de espírito só entre portas. A senhora não gosta de nós ou será que está a antecipar o futuro e já chegou à conclusão que mesmo vendendo as jóias e os dedos atrás, é melhor prevenir que pagar depois?

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segunda-feira, novembro 24, 2003

Agradecimento

Quero agradecer-lhe, meu caro filmc o seu meile (assim em antecipação à futura ortografia). Foi o primeiro a escrever-me, o que se deverá ao facto de saber melhor quem eu sou, do que eu sei quem você é, mas ainda assim obrigado pela lembrança e por ter notado que não andava a escrever aqui já uns dias. Espero que haja desabafos bastantes para poder vir aqui despejar aquilo que me agrada e incomoda nesta tentativa de escrever um bocadinho de uma história desalinhada. De certeza que haverá ainda muitas por contar e sobretudo alguma para realizar, que nestas coisas da vontade de fazer, o difícil, por vezes, é começar. Traga mais amigos, que teremos muitas histórias para contar e globalizemos a partilha do existirmos colectivamente ainda que nos berrem aos ouvidos que estamos sós na selva da cidade.
PS: o Kaos rosna mas não morde, o Bite salta e chora de contente. Também eles sofrem o isolamento destas gaiolas de cimento e ficam alegres com a chegada de alguém.

Correio: fernandobatista@netcabo.pt

domingo, novembro 23, 2003

Mais um dia de banco

Dia de banco quase me obriga ao silêncio. Fico afastado do mundo e próximo das histórias simples. A senhora que vem com a dor nas costas há seis meses. O médico de família que não existe. E vem-me à memória as preocupações do Bastonário!
Cada dia destes que passo, sinto que passei por ele e um desencanto tão grande pelas razões que me põem a fazer um serviço de enfermeiro pago a preço de assistente graduado em dedicação exclusiva. Esta máquina tem de ser consertada depressa, venham engenheiros mecânicos tratar disto, antes que gripe de vez!

Correio: fernandobatista@netcabo.pt

sábado, novembro 22, 2003

Resumo possivelmente com muitas ausências pelo caminho

Mais de uma semana de pausa. Pela agitação da vida moderna, as deslocações a reuniões e também pela falta de momentos importantes nas notícias. Está realmente tudo muito igual.
A ir para o Porto, fui ouvindo uma conversa depressiva de mulheres deprimidas no Fórum Mulheres da TSF. Discutiam as reduções na segurança social e foi triste ouvir o conformismo. Assim, a luta está perdida.
Depois, o Porto inaugurou o estádio do Dragão e ficam-me na retina alguns azulejos do Júlio Resende. Tudo o resto é folclore de Pintos da Costa e companhia.
Aconteceu também o rapto do jornalista no Iraque e depois a libertação e uma jornalista a ir ser buscada em avião do Governo. É preciso tratar bem os jornalistas. Fizeram bem e deram um bom exemplo para futuras evacuações de gente, eventualmente, sem tempo de antena.
Depois, depois foi mais do mesmo de sempre e uma semana que acabou um dia mais cedo, porque na sexta feira a função pública fez greve e com ela eu também. Setenta por cento dizem os sindicatos, dez por cento o Governo. Pasmo como se pode noticiar isto. Por favor não venham falar da independência do jornalista. Quem noticia isto não é independente, é mau informador, incompetente. Então estes senhores que conseguem saber a verdade sobre a ideia dos portugueses acerca da resignação do papa, não são capazes de fazer um estudo independente para dizerem os verdadeiros números da greve?
E mais uma reunião de fim-de-semana para discutir o Futuro da endocrinologia. Um aspecto positivo, uma reunião médica onde não fomos drug-dealers. desabafámos sobre insuficiências, atrasos, hospitais de gestão privada, investigação e depois podemos vir embora, que tudo irá permanecer aproximadamente na mesma. Gostei de ouvir o Felipe Casanueva falar da necessidade de mobilidade e do domínio da língua inglesa com aquela referência de que piloto também não pode voar se não souber inglês. E as reflexões sobre os nossos cuidados com a Medicina dos ricos, ignorando tudo o que se passa naqueles milhões de quem nunca falamos.
Discussão sobre política de medicamentos e comparticipações diferenciadas consoante o rendimento. A mesma confusão das propinas e lá vou eu comprar os comprimidos e pagar mais que o Manuel Damásio que ganha o ordenado mínimo. A mesma confusão das propinas! Como diz o outro, mas será que está tudo doido? E o conformismo face À nova organização da saúde, como se fosse o único caminho. Sim, senhor Dr. Durão e companhia, a vossa mensagem passou! Restam, é claro, num cantinho do país uns tipos que não vergam e continuam a acreditar que a história há-de ser escrita de forma diferente. Já se chega a ouvir alarvidades do géneãoro «os doentes dos centros de saúde deixam de estar tanto tempo em lista de espera se fizermos consultas de triagem, mas como essas consultas não podem ser contabilizadas e pagas ao hospital de onde somos, não devemos ir!» Mudem-se as formas de pagamento, mas por favor acabem-se as esperas desnecessárias. O contrário é que não! (Ainda por cima é gente inteligente e aparentemente bem intencionada que se sai com este tipod e coisas).
E já me esquecia que foi esta semana que o senhor bastonário veio defender que não deve haver grande aumento de vagas nos cursos de medicina. Claro, risco de concorrência no estabelecido! É triste, bastante triste.
Tentarei recomeçar amanhã com mais regularidade.

Correio: fernandobatista@netcabo.pt

quinta-feira, novembro 13, 2003

À volta da Justiça

É nestas coisas que se vêm como será demorada a justiça. A história é simples. Alguém desconhecido entrou na garagem e partiu-me um vidro do carro. Intenção? Roubar ou chatear quem saberá. Agora para se obter a comparticpação do seguro é necessário levar uma declaração de participação na Polí­cia. A esquadra tem um ar probrezinho, com umas mesas e uns tapetes feioso no chão. O equipamento informático e de comunicações está à  vista e parece regular. Só hoje vi como os polícias andam descuidados. O nome do agente mal se via de gasto. Os distintivos da polícia estavam sebentos. O rádio não tinha pilhas. pequenos pormenores. O simpático e solí­cito agente, meio trópego com o teclado começa a organizar a história no formulário depois de me perguntar se queria apresentar uma queixa crime. Lá me explicou o que era e eu disse que sim. Depois de uma demorada identificação e descrição da ocorrência, lá assinámos a papelada. desde que entrei na esquadra de polícia foram quase duas horas, o que para escrever meia página de papel de história é obra! Assim começa a lentidão da justiça em Portugal.
No telejornal vejo o Provedor de Justiça falar da utilidade de salas de injecção assistida nas cadeias. A senhora ministra PP da Justiça, mostra-se pespinetamente contra. Nem pensar, arrenego! Mais cegos que os que o são são os que não querem ver, não é? Conhecimento por princípio como na Idade Média. Mas que mal fizémos nós?

Correio: fernandobatista@netcabo.pt


quarta-feira, novembro 12, 2003

Ei-los que partem

A GNR parte hoje com algum crédito para a Guerra. Tivesse partido antes e já estaria possivelmente com algum débito, isto é, estaríamos por aí a receber os primeiros caixotes. Boa viagem e voltem depressa (inteiros)!
O que estranhei hoje foi este alarido para se não partir, por parte dos partidos da oposição. Então lá porque há guerra, já não se vai à guerra? Será que querem guerras seguras, daquelas onde se vai fazer turismo? Desde as histórias do Solnado que ficámos a ter uma ideia imperfeita das guerras...
Pasmei ao ouvir o Francisco Louçã dizer que se algum soldado morrer a responsabilidade é toda do PM. Tem processo quase garantido e vá preparando a indemnização, Durão Barroso. Esta gente não anda nada bem. Cá para mim, as decisões da maioria acabam por ser todas um pouco de todos nós, mais não seja por sermos responsáveis por serem eles a maioria. Sim, se calhar apenas teremos que nos queixar de nós próprios. Agora depois de os deixarmos ganhar, teremos que os aturar e nestas coisas ou conseguimos que mudem de estratégia ou teremos de estar ao lado dos que eles mandam.
Continue-se a explicar até à exaustão que isto é uma guerra fundamentada numa evidência inexistente (ainda alguém se lembra das provas de armamento de destruição macissa?), injusta, que cheira apetróleo que tresanda. O combate deve continuar por aí, até se perceber que foi um erro todo este alinhamento com os senhores do Império. Nada o justificava, nada o justifica. Uma pura aventura de cowboys. Mas já agora não se lance mão de truques fáceis.
Onde anda o PP que não ouvi falar dele hoje? Será que não tem nada que ver com isto?

Correio: fernandobatista@netcabo.pt


terça-feira, novembro 11, 2003

Europa

Parece que os portugueses ainda não leram a constituição europeia. Foi esse o resultado de uma sondagem. Eu estou como eles, também não li. Mas o curioso é que a querem referendar para mais uma vez acharem que sim ou que não. Muito gosta esta malta de ter opinião.
O PM diz que não vamos perder soberania. É curioso, mas isto da União Europeia parece-me uma sociedade anormal. Cada um entra com capital diferente, depois nos resultados participamos todos por igual. Eu por mim ficava melhor com a minha consciência se tivesse o mesmo voto que qualquer alemão. Por exemplo, como um californiano ou um residente na Nova Inglaterra. Eu queria era uma Europa de cidadãos iguais e estou-me nas tintas para os interesses dos países. Fico tranquilo se os alemães, porque são mais, poderem ter mais poder. Eu ,no fundo, sou um democrata.
Correio: fernandobatista@netcabo.pt


segunda-feira, novembro 10, 2003

Parabéns!

Pelo exemplo de generosidade de uma vida inteira. Por continuar sem desvios a perseguir um ideal. Por não ceder à maioria da globalização das consciências. Por tentar fazer perceber que o erro não foram as ideias, os objectivos, mas apenas as pessoas e nos deixar, assim, aberta a esperança de ainda ser possível. Um dia será, camarada. Até amanhã!

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domingo, novembro 09, 2003

Até prova em contrário

Confesso que me irrita esta desconfiança à entrada nas grandes superfícies. Sempre que levo um saquito na mão lá vou ter de o depositar no segurança e mostrar o meu ar irritado com esta prática de quem considerra que os clientes são, até prova em contrário, potenciais ladrões. E irrita-me também que não haja nem um bocadinho de indignação. Algumas pessoas quase que correm satisfeitas para o encerrar dos sacos. A mim, chateia-me isto! Nesta terra há quem se defenda dos gatunitos. Só queremos coisas em grande escala.
Será da pequenez da terra, para compensar?

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sábado, novembro 08, 2003

Audiência zero

A proliferação de reuniões médicas de formação tem destas coisas. Fazem-se a propósitito de tudo. Estupidamente, misturam-se temas desconexos esperando que os clínicos gerais sejam os receptores e actuem como cimento aglutinador de informação dispersa. Não resulta. Eles vão mas é passear, gozar o sol do Algarve e fazem bem. Que lhes pode interessar as últimas do transplente hepático ou da terapêutica médica com antivirais na hepatite C? Até quando a falta de senso?
Depois não é de estranhar que numa das sessões estejam os moderadores e os três prelectores. Audiência zero!

Correio: fernandobatista@netcabo.pt



sexta-feira, novembro 07, 2003

na urgência externa

País pequeno
«O senhor vai ao hospital falar com o senhor Gonçalves do laboratório». O senhor veio e acha que era a Santa Maria o hospital onde o enviaram, não sabia o que vinha fazer, nem quem era o senhor Gonçalves, nem a forma de contactar quem o mandou, que também não sabia quantos laboratórios este hospital tem.
Tenho amigos (influência)
«Tenho cama marcada pelo Dr. Menezes. Eu não espero, é para entrar já». O Dr. Menezes não está de serviço, ninguém sabe qual a cama, mas o escarcel estava feito.
Pois
«Ela tem diabetes, tem hipertensão, tem colesterol, tem 93 anos». Uma vida grande e cheia de posses.
Inquietação
Telefonema para o Hospital: « Posso levar aí o meu filho para fazer umas análises. Só para eu ficar com o coração tranquilo, acho que el se anda a drogar». Não fazemos. Talvez dialogar sem picadas analíticas.
Estar por tudo
Para quem não sabe se diz que desde há algum tempo, depois d e umas perguntas à entrada da urgência do Hospital, os doentes são classificados por ordem de prioridade da situação. A chamada triagem. São, então assinalados com uma etiqueta adesiva riscada com a côr respectiva que devem colocar na roupa. Diálogo:
-«Se faz favor, vai à Otorrino para lhe verem o ouvido. Para circular no hospital, ponha esta etiqueta na roupa.»
-«Na boca, sor doutor, assim?» Evitei a mordaça por instantes...

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quinta-feira, novembro 06, 2003

Uma despesa evitável

O Ministério da Saúde publica esta quinta-feira em alguns jornais nacionais anúncios de página inteira com o balanço do primeiro ano da aplicação do chamado PECLEC - Programa Especial de Combate às Listas de Espera Cirúrgicas.

Com alguns quadros e duas colunas de texto o anúncio sistematiza informação que o ministro tem revelado no Parlamento e que Luís Filipe Pereira prometeu divulgar publicamente.

Esta divulgação dos resultados do Ministério da Saúde custou 40 mil euros, segundo apurou a agência Lusa junto de fonte do gabinete do próprio ministro.


Aqui está uma despesa que teria sido completamente desnecessária se os doentes que estão em lista de espera fossem suficientemente patriotas e passassem palavra uns aos outros: olha a lista de espera acabou! De que raio estás tu à espera, não sabes que já não há listas de espera? Se por acaso houver por aí alguém que esteja à espera de uma consulta ou de ser operado, faz favor desista: acabou! Deixe de imaginar coisas, passe palavra e leia os anúncios do Governo para saber a realidade.

Correio: fernandobatista@netcabo.pt

quarta-feira, novembro 05, 2003

Três da vida airada

Votación Bloqueo (Granma)
Ano 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
FAVOR 59 88 101 117 137 143 157 155 167 167 173 179
CONTRA 3 4 2 3 3 3 2 2 3 3 3 3
ABSTENCIÓN 71 57 48 38 25 17 12 8 4 3 4 2
(este quadro fica desalinhado mas com paciência ainda é legível)

Resultados da votação contra o bloqueio americano a Cuba nas Nações Unidas. Para que conste os países que ainda apoiam este bloqueio são os Estados Unidos, Israel e Ilhas Marshall (este não sabia que era país, mas vou tentar evitar). Parece significativo o que se consegue numa dúzia de anos.

Correio: fernandobatista@netcabo.pt

É muito apito

Finalmente, alguém apita. Um ensurdecedor arrazoado de cigarras, a penetrar fino e profundo no silêncio da gente instalada. A coisa está a aquecer. Sempre quando o tempo aquece as cigarras assobiam. Por cá alguns irão continuar a assobiar para o lado, a tentar não ver. Mas esta malta, dá-me esperança.
Depois, os telejornais fazem a doutrina do regime. Mostram os estudantes que não querem pagar as propinas em carros de gama alta tentando justificar o injustificável. O ensino público deve ser tendencialmente gratuito à custa dos impostos que pagámos. Atenção! Nós (alguns) já pagámos (no passado). O que o Governo terá de fazer (no futuro) é fazer pagar quem não paga. Agora, depois de se ter pago, paguem, se fazem favor, o ensino de quem está a estudar. Mais, se acham que os estudantes já são das classes mais beneficiadas, façam o favor de lhes dar luta, aumentem-lhes os impostos sem piedade. Reduzam o fosso e se tiver de haver menos dos carros de alta gama, nada se perderá. Se 40% não chegar, subam para 50%. Mas é contra a natureza da Dra MFL, pois é... E o resto, a concordância dos ricos para pagarem as propinas, mais não é do que uma atitude de assobiar para o lado, tentando continuar a não pagar os tais impostos...sempre fica bem mais barato e a Dra é amiga deles, portanto, nada de agitar. Lá vão assobiando e rindo!

Correio: fernandobatista@netcabo.pt

As duas vias

Hoje finalmente, as coisas parecem mais claras. A Dra Manuela Ferreira Leite, explicou-se bem. Afinal há duas vias, a dela com redução da despesa, redução do Estado e a dos outros que ela acha que está errada. Assim, talvez as coisas fiquem mais fáceis: queremos segurança social ou cada um que se segure, queremos serviço nacional ou seguro individual de saúde, queremos ensino público ou aprende cada um por sua conta, etc, etc. Mas já agora era bom que a coisa fosse posta assim aos eleitores. Não lhes perguntem se querem pagar menos impostos, a pergunta é querem tomar conta de tudo isso à vossa custa (cada um por si) ou viverem mais seguros. A opção pode ser sempre pela insegurança no trabalho, na saúde, no ensino. Uma insustentável alegria pelo risco de estar só no mundo, sem os outros nossos pareciros de jornada e um prazer danado de lhes dar umas caneladas rumo à sobrevivência. O meu voto é contra!

Correio: fernandobatista@netcabo.pt

terça-feira, novembro 04, 2003

Já não há gratidão no mundo

Farto da ausência de notícias, fui à procura delas no Granma International

Iraq: Conmoción y pavor

POR JORGE MARTÍN BLANDINO, del diario Granma

Bajo este título pudiera escribirse sobre los devastadores golpes aéreo-coheteriles a que fue sometido Iraq a comienzos de año, uno de ellos bautizado por Estados Unidos con igual nombre. Este no deja duda acerca del objetivo principal que perseguían con los 780 cohetes crucero y las 23 mil bombas lanzados contra todo tipo de objetivos, incluidos mercados, viviendas, conductoras de agua y otras instalaciones vitales para la población.

Un tercio de los soldados encuestados recientemente dijo estar desanimado y la mitad señaló que probablemente deje las fuerzas armadas.

Para reforzar el propósito de aterrorizar a los iraquíes y quebrantar su voluntad de resistencia, antecedió y después acompañó a esos ataques una campaña de brutales amenazas y falsas promesas mediante millones de octavillas y centenares de horas de transmisiones de radio y televisión.

Pero no es ese el tema central de estas líneas. Su propósito es reflexionar sobre los efectos psicológicos que los medios de combate infinitamente más modestos de la resistencia iraquí, junto a las continuas muestras de rechazo de ese pueblo, vienen provocando en las tropas de ocupación norteamericanas.

"Entre los soldados hay muchos frustrados y con miedo". "Hemos tenido ataques en los que niños nos han tirado granadas. Y si no puedes confiar en un niño, ¿en quién vas a confiar?". Así declaró a la prensa hace pocos días Camilo Mejía, jefe de una escuadra de la Infantería de Marina norteamericana destacado en Iraq, según reporta la agencia alemana DPA. El joven militar también afirmó que se sienten "solos y exhautos".

Ante declaraciones como estas llama la atención que a finales de junio Donald Rumsfeld, secretario de Defensa norteamericano, restó importancia a estos ataques. En sintonía con tal opinión, el teniente general Ricardo Sánchez, jefe de las tropas norteamericanas en Iraq, afirmó que el nivel de bajas que estaban sufriendo no era significativo.

No sé si estos señores piensan así actualmente, pero es casi seguro no tienen igual criterio gran parte de los más de 130 mil soldados norteamericanos desplegados en Iraq o los que saben pueden ser enviados a ese país en cualquier momento.

A los efectos de las estadísticas del Pentágono, puede que un muerto diario más o menos sea una cifra poco preocupante. Sin embargo, si las declaraciones de estos personeros son sinceras, están subvalorando el impacto psicológico en sus tropas de las constantes noticias sobre nuevos ataques. Quienes son permanentes aspirantes a ponerle su nombre a una de esas bajas "nada significativas", parten de una lógica muy diferente a la de Rumsfeld y Sánchez.

No es difícil imaginar cómo deben sentirse el marine Mejía y sus colegas, embarcados por su Gobierno en una aventura bélica a la que no ven objetivos ni final. Son decenas de miles de hombres y mujeres obligados a vivir en condiciones adversas y en un país donde casi pueden tocar el odio de sus habitantes. Como ha confesado el ya mencionado general Sánchez, "eso los vuelve nerviosos y a veces también agresivos". Ello explica la facilidad con que aprietan el gatillo.

Recientemente AFP informó que Human Rights Watch, organización nada sospechosa de ser antinorteamericana, tiene confirmada la muerte de al menos 94 civiles iraquíes solamente en Bagdad, a manos de soldados yankis "en circunstancias legales cuestionables".

Pero las víctimas no se limitan a los civiles asesinados o a los soldados yankis que pierden la vida o resultan heridos debido a las acciones de la resistencia. A ellas se suma, además de los accidentes, las enfermedades y otras causas, el creciente número de militares norteamericanos que acuden al suicidio para librarse de la pesadilla a que los ha llevado el ansia de hegemonía mundial de sus gobernantes, la que además ha obligado a enviar de regreso a Estados Unidos a alrededor de medio millar de efectivos aquejados de trastornos mentales.

Así acontecen las cosas en un interminable círculo vicioso. Cada día crecen no solo la conmoción y el pavor entre las tropas ocupantes, sino también sus crímenes. El principal resultado es un mayor rechazo, odio y deseos de venganza en la población iraquí, que se traducen en más acciones de la resistencia con las consiguientes nuevas bajas de soldados estadounidenses. Ello a su vez multiplica el temor y la agresividad de los invasores, con lo que el escenario queda listo para iniciar un nuevo ciclo de muerte y destrucción.

El Gobierno de Estados Unidos es el único responsable de haber dado el impulso inicial a esa terrible noria que mata diariamente tanto a iraquíes como a norteamericanos. No conforme con ello, acelera irresponsablemente cada vez más su tenebroso giro.

Esa es la triste realidad del presente, pero a la vez confirma que tarde o temprano el pueblo iraquí obligará al imperio a detener su terrible espiral de crímenes y abandonar Iraq incondicionalmente.


E vamos lá a ver se ainda um destes dias não serão atacados com as terríveis armas de destruição que foram a justificação da invasão. Foram, não foram? Ao menos dessa devem estar livres, os pobres libertadores. Os libertados é que são uns ingratos. Árabes sem pincípios...


Correio: fernandobatista@netcabo.pt

segunda-feira, novembro 03, 2003

Os dias passam

E é como se nada estivesse a acontecer. O orçamento vai andando. Os GNR estão quase a andar para o Iraque. O hospital vai estando na mesma, quando devia andar. E nós ficamos na margem a assistir. Podia ao menos haver um pôr do sol digno de ser visto e não esta mediocridade de tempo.
Que tédio!

Correio: fernandobatista@netcabo.pt